Esportistas
regulares ou habituais – aqueles que não se restringem a alguns minutos
de atividades nos finais de semana, mas têm uma rotina mais constante –
nem sempre conseguem manter uma alimentação balanceada no seu dia a
dia. Para isso existem diversos suplementos que podem ajudar a manter a
boa saúde e o rendimento do treino.
Isso
também vale para aqueles que já podem ser considerados
semi-profissionais e, principalmente, para os atletas de alto
rendimento. “Em todos os casos, a suplementação vem para evitar a
fadiga, melhorar o anabolismo – o rendimento dentro da prática do
esporte – e fazer com que os treinos não sobrecarreguem o organismo ou
mesmo causem danos a saúde”, afirma Luciane Vieira, nutricionista do
esporte ligada ao ADS Laboratório Nutricional.
Um
dos principais pontos a serem suplementados é o nível de ingestão de
proteína, diz a especialista. Esse tipo de suplementação também é
importante para aqueles que estão engajados em treinos resistivos com
pesos – a musculação – pois sem esse complemento o corpo pode tirar
energia de onde não deve.
“Claro
que estamos falando de um treino minimamente planejado, onde além do
preparador físico tenhamos a figura do nutricionista especializado em
esportes. Essa coisa de, só porque está frequentando uma academia, o
indivíduo acha que pode ir na loja da esquina e comprar suplementos
protéicos é algo fora de questão”, lembra Vieira.
Sem
um plano adequado, diz a especialista, esses indivíduos não sabem nem
quais são suas deficiências, quanto mais o que é ideal para complementar
suas perdas. Ou seja, acabam comprando “por indicação” algo que é
individualizado. Afinal cada organismo reage diferente a determinados
exercícios e nutricionistas fazem algumas dezenas de cálculos para
determinar as necsesidades individuais.
E
o que deveria atender a um objetivo específico – uma melhora na saúde
global através de uma boa nutrição e, consequentemente, um treino com
melhores resultados – acaba virando uma troca de “achismos” entre
companheiros de academia.
“Planejar
o treino é importante. Escolher a modalidade e consultar especialistas
na área – como o cardiologista, o educador físico e o nutricionista –
antes de começar a rotina seria a melhor coisa, pois de imediato esse
indivíduo saberia as limitações e as atenções necessárias para não ter
problemas de saúde. Gastar energia e não saber repor de forma adequada é
um erro muito comum”, explica Vieira.
Treinos longos, atenção redobrada
Esportistas
com treinos de resistência e de longa duração – como é o caso de
corredores, ciclistas, nadadores e triatletas – além da suplementação
protéica, também devem ficar atentos ao consumo dos carboidratos. “Se
for necessário o profissional de nutrição pode indicar uma suplementação
nessa direção, especialmente de carboidratos complexos adicionados de
minerais e aminoácidos.”
Esse
perfil de esportista também precisa de atenção no treino regular, que
já é bem mais intenso do que o daqueles esportistas habituais. “Eles
treinam muitas horas por dia e mesmo em repouso o metabolismo desses
indivíduos gasta mais energia. Então é preciso suplementar a alimentação
quase constantemente, mesmo quando não envolve aumento de performance,
mas manutenção do corpo.”
A
falta de atenção na alimentação pode causar problemas sérios. Em casos
extremos a perda de sais minerais, potássio e outros nutrientes e a
reposição inadequada via alimentação e suplementação pode levar até
mesmo ao óbito, avisa a nutricionista. “Por isso é importante uma equipe
multidisciplinar, que observe o exercício físico e os atletas como um
todo que trabalha conjuntamente”, finaliza.
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por Enio Rodrigo
Fonte: O que eu tenho?